quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Daquelas viagens que se faz só e deixa pedaços.

Eram dois lápis de cor.
Dois, um par de lápis de cor.
Um preto e um branco.
Dois lápis de cor.
Um de cor preta e um de cor branca.
Dois.
Era um folha de papel.
Uma folha em branco.
Uma única folha de papel em branco.
Papel em branco.
Uma.
Dois lápis de cor a escrever num único papel em branco.
Os dois lápis de cor.
Um preto e um branco.
Dois lápis riscando o papel.
O preto riscava, o branco era papel em branco.
O preto primeiro, o branco depois pra nunca mais,
Depois de tanto, de tudo, o branco primeiro.
Depois do branco e tudo, o preto em segundo.
Era uma única folha de papel em cinza.
Uma única folha de papel.
Agora toda cinza.
Eram dois lápis de cor.
Dois lápis, um preto e um branco.
Uma única folha de papel em cinza e dois lápis de cor, um preto e um branco.
Eram uma folha de papel, uma cor cinza e dois lápis de cor, um preto e um branco.
Eram todos eles num dia que era sépia.
Colorindo o dia sépia, dois lápis de cor, um preto e um branco numa folha de papel em branco fotografando em cinza o dia sépia.
Era fim de tarde em Paris.

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