No limite de mim.
No limite da consciência das coisas inconscientes que faço.
No limite das conversas sem limite nas esquinas chuvosas.
O limite das esperas.
O limite das cheganças.
O limite das querências sem limite.
No limiar do são e da insanidade.
Limitando a minha sanidade.
Ilimitando as minhas curas procuradas.
Imitando as palavras que não disse.
Incompreensíveis atos de limitações depravadas.
A minha depravação emocional.
O meu descuido comportamental.
O meu desvio de caráter.
A minha boca suja de chocolate pra aplacar o gozo.
A vontade do gozo nos dedos sujos de doce e pipoca salgada.
A goela encharcada daquilo que meus olhos mostraram.
O fim de tarde em sépia e a noite em pranto.
A renda rasgada das meias sete oitavos.
As unhas descascadas nos lábios inquietos.
A força do púbis solitário nos lençóis frios.
Dos seios frios nos lençóis amassados.
A boca aberta dos gemidos também sós e calados.
Os latidos, os cigarros, as cachaças.
A cachaça encharcando o colo como os olhos encharcam os travesseiros.
O limite do que aguentei só.
O limite do pranto e do canto calado no canto da sala.
Os pés no chão frio e as pernas trêmulas.
No limite do estar só.
No limite de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário