sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Quase um "Meu Querido Diário".

Como se fosse água fria escorre a vontade de sumir. Paro e penso no que pode ser de algo que há muito tenta ir, mas nunca consegue se deixar livre. Penso em todas as vezes que briguei, que gritei, que quis prender o que não se prende.
Ontem presenciei uma discussão, uma discussão de adolescente; e chamo de discussão de adolescente talvez por não me achar mais tão adolescente, apesar de não querer acreditar nisso. Mas, enfim, ouvi toda a discussão desde o início. Comecei a rir meio de canto de boca, aqueles sorrisinhos irônicos e de desdém. Sorri não ironizando o que discutia, ou com quem se discutia, mas o motivo pelo qual se discutia. Um motivo fútil (hoje o acho fútil), um motivo pelo qual eu tanto discuti, e isso faz algum tempo, uns três meses mais ou menos; e eu só queria a atenção daquele que não me via, só queria a atenção daquele que eu não via. 
Parei e comecei a analisar. Não analisar o que discutia, ou com quem se discutia, mas o que se discutia. E percebi que eu era assim, que sempre fui assim, que sempre serei assim, adolescente discutindo "a que horas hãn?!" "porque agora, hãn?!" " não ligou porque?!", todas aquelas perguntas que não queremos respostas, mas fazemos questão de perguntar.
Presenciando, analisando cheguei à conclusão que as perguntas só mudam o contexto, mas a adolescência da nossa insegurança, da nossa necessidade de alguém é eterna. E me veio o sorrisinho irônico mais uma vez, aquele sorrisinho de canto de boca, por lembrar que eu não estava sorrindo, presenciando ou analisando o que discutia ou com quem discutia, mas por lembrar sobre o que se discutia!

Um comentário:

Marco Antonio disse...

acabei de comentar com uma amiga q eu, finalmente, estou assumindo minha postura de ser um lindo homem de 30 anos. nesta postura, e com o aprendizado de vida, evito qualquer natureza de discussão infeliz. só gosto das discussões q sirvam pra mudar o mundo e pra eu permanecer fisicamente e espiritualmente jovem, no sentido da luminosidade, claro. bjo no coração e obrigado pelos comentários. leu o novo texto sobre a caminhada? é uma ode a isso q estou citando e vc refletindo. muito amor, pouca confusão.