terça-feira, 22 de maio de 2012

Enfim.



Passo frio de corpo, passei frio de alma, frio de coração.
Passei por onde já havia passado e me ferido, e me magoado e me perdido, mas voltei.
Voltei para aquecer o corpo, engrandecer a alma, cozer algo no coração.
Voltei em círculos tortos, ovais e por vezes quase tênues mesmo ferida, para me encontrar, e fiquei.
Fiquei presa em teus braços, dei-lhe minh'alma e um pedaço do meu coração.
Fiquei inerte naquela forma que se chama cama, que me chama a ti, que me prega a alma ao coro, ao mundano e acelerei o coração.
Acelerei para sair e voltar o mais rápido pra ti, e paralizar a alma e bombear seus doces afagos por todo o corpo como meu coração.
Acelerei para parar a inércia que nos prendia ao passado, que nos feria a alma e esvaziava o coração.
Cheguei enfim, aos teus abraços, toquei tu'alma e cozi-lhe o coração ao meu.
Cheguei enfim, e conheci aquilo que não me 'inerce', que não me fere, que me preenche e me permite não chegar ao fim, enfim.

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