terça-feira, 20 de março de 2012

Declaração às Avessas.


É saudade que tem em meu peito?
É vontade de estar em seu leito e deleitar teu gozo!
É a imagem do corpo na cama, dos olhos na boca.
É o sorriso nos lábios e a pele em arrepio.
São os cabelos despenteados, a nuca mais quente, a boca mais fria, as coxas mais sedentas.
A calmaria após o dilúvio, a noite após o dia, os bicudos que se beijam.
A dor da partida, o receio da chegada, a vontade do abraço e da caminhada.
As bobices de outrora invadindo o nosso dia.
A distância que aproxima e traz a calmaria.
A declaração em tinta e fibra sem resposta, eu só quero uma coisa, a volta.
Poder roubar-te o riso, e a saliva. E assim torno-me repetitiva.
Gastar a palavra em "amo-te's". Calar a palavra em perdões.
Só quero de volta minha morada, minha caverna, meu porto seguro. 
Só quero o teu corpo, tua mente, o meu ninho.



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