Era uma noite qualquer.
Uma daquelas em que nada se espera além de esperar.
Era uma menina qualquer.
Uma daquelas meninas que nada espera além de esperar.
Era uma pessoa qualquer.
Daquelas pessoas que te faz esperar, esperar por tudo que tem a dar.
Foi a noite a dentro, risos, carinhos, desejos não consumados...
Foi um olho aberto e o ouro fechado, menina e mulher brincando com a sombra das tuas pestanas, longas pestanas...
Foram as pontas dos dedos desenhando as tatuagens já desenhadas no corpo...
A saliva molhando os lábios já molhados e sedentos...
Um anel na boca, anel de saturno que invade a Lua...
Mãos que apertam e acariciam... Pernas que abraçam o mundo a invadir...
Invadiu minha mente e algo mais...
E que desbrave a terra que nunca cansa de estender-se para que nunca lhe perca...
Fora ou dentro... Com sorriso "raio de sol flor e cor" (E tive que citar Evandro Correia...rs)
E tudo vivido nesses olhos de gude que querem mais te ver... e te desenhar!!
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Minha Chaga.
É isso que me acomete...
Ver a vida passar e correr com ela e nunca chegar.
É isso que acontece...
Quando tropeço e não paro e sigo sem ao menos enxergar.
É isso que me entorpece...
Os calores, os sabores, os amores!
A minha história é gibi, almanaque abril.
A minha ida é caverna do dragão.
A minha lida é a enxada e os pés no chão.
A minha vida é poesia e eterna contemplação.
E as estórias são de fogueira, de lenha na fogueira,
E os cânticos são de honra hipócrita.
E os cantos são dos olhos molhados, e da boca escancarada.
E eu sou com Açúcar e Afeto, sou uma composição de Chico, uma vida que não é minha, numa sala que não é minha, e saio por uma porta que não é minha, só a mente aberta e minha... e a blusa aberta e minha... e a calça aberta e minha... e o peito aberto com um coração que não é meu... que pulsa num ritmo frenético e quer pausa, mas o botão do controle remoto quebrou.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Gênesis.
Há muito sabendo o que sou.
Nem sempre percebendo o que pensava não ser.
No primeiro dia os olhos de boca gulosa, e vi que era bom.
No segundo dia os braços e abraços amigos, e vi que era bom.
Ao terceiro dia (nem me lembro se o terceiro dia ou a primeira noite), a língua ácida no verbo a derreter meu medo, e vi que era bom.
No quarto dia as violações, a carnis valles, o meio sim, e vi que era bom.
No quinto dia a entrega, a língua antes ácida agora é mel no céu da boca, e vi que era bom.
No sexto dia a promessa do sétimo dia, a promessa do descanso em leito e deleite, da descoberta da outra parte de mim...
E vejo que tudo será bom!
Nem sempre percebendo o que pensava não ser.
No primeiro dia os olhos de boca gulosa, e vi que era bom.
No segundo dia os braços e abraços amigos, e vi que era bom.
Ao terceiro dia (nem me lembro se o terceiro dia ou a primeira noite), a língua ácida no verbo a derreter meu medo, e vi que era bom.
No quarto dia as violações, a carnis valles, o meio sim, e vi que era bom.
No quinto dia a entrega, a língua antes ácida agora é mel no céu da boca, e vi que era bom.
No sexto dia a promessa do sétimo dia, a promessa do descanso em leito e deleite, da descoberta da outra parte de mim...
E vejo que tudo será bom!
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Esse Moço.
Quem é esse moço
De corda no braço e abraço
De chinelo e trança num laço
De pandeiro, carron e compasso?
Quem é esse moço
Que eu via e me via
Que nas tardes quentes e frias
Me enche de tanta alegria
Que num sorriso, num verbo, abre as portas do dia?
Quem é esse moço
Que ilumina pelo breu da pele
Que determina o que é intenso e breve
Que me afogou a noite e tocou de leve, o que já era dele e ele nem sabia?
É ele, esse moço!
De corda no braço e abraço
De chinelo e trança num laço
De pandeiro, carron e compasso?
Quem é esse moço
Que eu via e me via
Que nas tardes quentes e frias
Me enche de tanta alegria
Que num sorriso, num verbo, abre as portas do dia?
Quem é esse moço
Que ilumina pelo breu da pele
Que determina o que é intenso e breve
Que me afogou a noite e tocou de leve, o que já era dele e ele nem sabia?
É ele, esse moço!
Aquele Amor.
Sabe aquele amor,
Aquele que é brisa e orvalho?
Ele é folha seca de outono e seca naqueles olhos molhados.
Sabe aquele amor,
Aquele que é xero e carinho?
Também é passarinho que constrói o ninho em arame farpado.
Ele é água benta e pecado.
É savana e norte gelado.
É noite estrelada e dia nublado.
Mas também sabe ser braço quente em cobertor rasgado!
Sabe aquele amor,
Aquele que eu não sei, mas sempre vivi?
É aquele que brinca de esconde-esconde dentro de mim.
Que faz a linha do horizonte ter um fim.
Sabe aquele amor?
É sempre aquele amor!
Aquele que é brisa e orvalho?
Ele é folha seca de outono e seca naqueles olhos molhados.
Sabe aquele amor,
Aquele que é xero e carinho?
Também é passarinho que constrói o ninho em arame farpado.
Ele é água benta e pecado.
É savana e norte gelado.
É noite estrelada e dia nublado.
Mas também sabe ser braço quente em cobertor rasgado!
Sabe aquele amor,
Aquele que eu não sei, mas sempre vivi?
É aquele que brinca de esconde-esconde dentro de mim.
Que faz a linha do horizonte ter um fim.
Sabe aquele amor?
É sempre aquele amor!
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Pra Registrar"".
Fora o sumiço, o acaso, o achado.
Os olhos por trás dos óculos, na boca, no decote.
Depois a noite rasgada, o chopp, a escada.
Os lábios que se tocaram, beijaram e calaram.
Os dias que rolaram ao som de Jorge, ouvindo e sentindo 'Lenny'.
A cama, o aconchego, as mãos, a pele.
A visita inesperada e bem esperada com sabor de chuva.
Um não que se calou na boca depois de dito... num beijo.
Os dizeres sem ouvir, confusões de uma mente extremamente correta, desilusão de uma cabeça aberta, os nãos, a vontade do sim.
O não definitivo para o amor eterno.
Amor moleque, agora dito e não pronunciado, dando medo à boca que calou.
E o coração vagabundo de gata na noite de lua cheia, de ventre latente, só quer o leito.
Para que o dito seja desfeito e cesse o medo do sumiço, que ao acaso foi achado, e pretende permanecer.
Com ou sem leito... O que tem que ser que seja feito.
No seio do fraterno, do eterno, do amor, do desejo.
Só espera para um reinício... um novo beijo.
Os olhos por trás dos óculos, na boca, no decote.
Depois a noite rasgada, o chopp, a escada.
Os lábios que se tocaram, beijaram e calaram.
Os dias que rolaram ao som de Jorge, ouvindo e sentindo 'Lenny'.
A cama, o aconchego, as mãos, a pele.
A visita inesperada e bem esperada com sabor de chuva.
Um não que se calou na boca depois de dito... num beijo.
Os dizeres sem ouvir, confusões de uma mente extremamente correta, desilusão de uma cabeça aberta, os nãos, a vontade do sim.
O não definitivo para o amor eterno.
Amor moleque, agora dito e não pronunciado, dando medo à boca que calou.
E o coração vagabundo de gata na noite de lua cheia, de ventre latente, só quer o leito.
Para que o dito seja desfeito e cesse o medo do sumiço, que ao acaso foi achado, e pretende permanecer.
Com ou sem leito... O que tem que ser que seja feito.
No seio do fraterno, do eterno, do amor, do desejo.
Só espera para um reinício... um novo beijo.
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