Fora o sumiço, o acaso, o achado.
Os olhos por trás dos óculos, na boca, no decote.
Depois a noite rasgada, o chopp, a escada.
Os lábios que se tocaram, beijaram e calaram.
Os dias que rolaram ao som de Jorge, ouvindo e sentindo 'Lenny'.
A cama, o aconchego, as mãos, a pele.
A visita inesperada e bem esperada com sabor de chuva.
Um não que se calou na boca depois de dito... num beijo.
Os dizeres sem ouvir, confusões de uma mente extremamente correta, desilusão de uma cabeça aberta, os nãos, a vontade do sim.
O não definitivo para o amor eterno.
Amor moleque, agora dito e não pronunciado, dando medo à boca que calou.
E o coração vagabundo de gata na noite de lua cheia, de ventre latente, só quer o leito.
Para que o dito seja desfeito e cesse o medo do sumiço, que ao acaso foi achado, e pretende permanecer.
Com ou sem leito... O que tem que ser que seja feito.
No seio do fraterno, do eterno, do amor, do desejo.
Só espera para um reinício... um novo beijo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário