Era mais uma manhã. Mais uma manhã sem chuva, sem friozinho, sem preguiça para levantar da cama. Nada mais que mais uma manhã.
Procurou no guarda-roupas e nada lhe serviu. Penteou o cabelo. Água quente correu-lhe da face aos pés. Penteou o cabelo. Maquilou-se. Penteou o cabelo. Vestiu qualquer coisa. Penteou o cabelo. Calçou os chinelos. Penteou o cabelo. Olhou as horas, muitas haviam se passado e nada se passou em mais que meia hora. Penteou o cabelo. Perfumou-se. Olhou para o espelho. Prendeu os cabelos. Olhou para a cara do Sol. Pediu a chuva. Passou a mão nos cabelos. E se foi.
Andou como nunca, sem tirar os pés do chão. Chegou ao seu destino. A fome. A sede. A dorzinha na barriga pelas duas. Pensou porque não comera. Esperou. Espirrou. Piscou muito. Fez nada. Pensou um pouco. Deu vontade. Parou de pensar. Escreveu. E Fim.
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