sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Perder-se em redundância.

Ela tenta e tenta, mas não consegue.
Ela anda e anda e anda, mas não sai do lugar.
Ela pensa e pensa e pensa, mas não chega a uma conclusão.
Ela sorri, sorri, sorri, mas não consegue se convencer da sua felicidade.
Ela chora, chora, chora, mas não consegue entender o porquê.
Ela dança, dança, dança, mas não sabe para onde estão indo seus pés.
Ela respira, inspira, expira, mas não sente se seus pulmões se encheram.
Ela roda, roda, roda, mas não consegue ficar tonta.
Ela olha, olha, olha, mas não enxerga.
Isso porque o tentar independe dela.
Isso porque milhas percorridas são pequenas para seus sonhos.
Isso porque as conclusões aparecem quando não se pensa.
Isso porque a felicidade está dentro e não fora.
Isso porque as lágrimas só molham a face de quem é seca, e não de quem é banhada de tanto "bom".
Isso porque os pés seguem a música e o coração a terra.
Isso porque o amor é anaeróbio.
Isso porque as tontices já fez.
Isso porque não se vê o interior tão facilmente.
Enfim, há que se deixar de ser autosuficiente.
Enfim, há que se caminhar mais e sonhar muito mais.
Enfim, há de se preencher de nada por mais tempo.
Enfim, há de sorrir mais por dentro.
Enfim, há de se naufragar no que já se sabe e no que ainda está por vir.
Enfim, há de se cantar mais e dançar mais.
Enfim, há de se entregar mais.
Enfim, há de enlouquecer-se mais.
Enfim, há de se encontrar e se perder mais!

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