segunda-feira, 26 de maio de 2014

Do Conto I

CONTO REAL DE UM AMOR INFANTE
por Marlua

Era frio e turbulento, era tempestade em alto mar.
Chega um pirata em sua nau, nau roubada da grande Espanha, nau roubada.
Era gazo, barba ruiva, barba ruiva feito os raios de sol que tocam o horizonte no fim de tarde. 
Era frio e turbulento, tempestade em alto mar.
Era o pirata Barba Ruiva com sua nau a navegar.
Foi-se o vento, foi-se a chuva, a tempestade em alto mar.
E o pirata Barba Ruiva com sua nau a navegar.
Foram cinco meses de aventuras e o pirata Barba Ruiva não tem porto a atracar.
Pensa o pirata: _ Era bom quando frio e turbulento com tempestade em alto mar.
O pirata Barba Ruiva não pode parar de navegar.
Mas atracou em Puerto Rico para a nau abastecer.
Barco doido, Barba Ruiva, barco doido no entardecer, quando o pirata Barba Ruiva sente a falta do que fazer. 
Barba Ruiva e sua nau são a chave e a fechadura. Tantas aventuras, Barba Ruiva, tanto furo de canhão, tanto limo naquele casco, tanta carga não usada. 
Oh, pirata Barba Ruiva, abre pra nós a tua nau. Abre a polpa e a proa pros que querem navegar.
Mais aventuras, Barba Ruiva, novos amigos, novo velho amor real. 
Todos juntos, Barba Ruiva, com seu nome várias vezes a gritar.
Oh, pirata Barba Ruiva, nós e sua nau, navegando em alto mar.

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