Era ela morte e vida severina.
As secas até mesmo entre as coxas e as águas ardendo nas bocas.
Dos olhos cerrados como um punho, dos gritos calados como os mudos. A gritaria, a passarinhagem, a alta estrada onde tudo se ia. A longa estrada onde o mar vadeia e a lua roça o monte. Então vem cá, me conte. Quantas luas se passaram, quantas passarinharam, quantas deixou passar?
Senta mais um tiquinho e me diga. Quantos mares atravessados, quantos males curados, quantas malas feitas e desfeitas, quantos lares morados e amados?
Amadores. Eu aqui amando minhas dores, armando as outras dores e chorando de canto de ouvido. Ao pé do teu encanto, como diria o poeta.
Era ela a vida e obra de Amado.
Era a iabá, o próprio Jubiabá e todo o Porto dos Milagres. Era da Federação a última a chegar, era do Farol da Barra o último por-do-sol. Era das baías nenhum santo, só o santo ofício. A inquisidora olhando-a do horizonte onde deve ter além algum lugar bonito que não aqui dentro.
Era ela a bruxa do oeste.
E dos tijolos amarelos só a tez pálida e suas sapatilhas vermelhas pulsando em seu peito.
E os sentimentos todos são macacos de asas.